ANEXO: CAUSAS DE FALSO-POSITIVO EM TESTES DE HIV
- wanderleyramos27
- 30 de dez. de 2021
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_Doenças autoimunes, tais como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, tireoides autoimunes e síndrome de Steven-Johnson;
_ Hepatopatias medicamentosas ou por álcool;
_ Pacientes que dependem de hemodiálises (para a filtragem do sangue) ou terapia com interferon;
_ Pacientes com história de múltiplas transfusões (de sangue);
_ Vacinação recente contra H1N1;
_ Aquisição passiva de anticorpos anti-HIV maternos;
_ Gestação.
Acredita-se que a presença de anticorpos seja responsável pelos resultados falso-reagentes nessas populações. Contudo, deve-se destacar que a maioria dos relatos de reações cruzadas ocorrem antes da implementação das gerações mais novas de métodos diagnósticos.
Como via de regra, todo resultado _ positivo ou negativo _ deve ser analisado levando-se em consideração o contexto clínico, a presença de fatores de risco e a prevalência da doença na população. Quanto maior a probabilidade pré-teste de um resultado positivo em um determinado indivíduo, maior a probabilidade de um resultado positivo ser verdadeiro. Da mesma forma, quanto menor a probabilidade pré-teste de um resultado positivo, maior a probabilidade de um resultado positivo ser na verdade falso-positivo.
Os resultados positivos de imunoensaios devem ser confirmados por meio de métodos complementares, sendo o Western-Blot o mais difundido. Testes moleculares, com a detecção do RNA viral também podem ser realizados como meio confirmatório em alguns contextos, especialmente o de suspeita de infecção aguda pelo vírus HIV ou quando outros métodos complementares apresentarem resultados indeterminados.
Outas considerações
_ Testes baseados em imunoensaios não são adequados para o diagnóstico de infecção pelo HIV em crianças menores de 18 meses. Pois podem detectar anticorpos maternos transmitidos passivamente. O diagnóstico da transmissão viral deve ser baseado em métodos moleculares;
Os imunoensaios podem não ser adequados no contexto de suspeita de infecção aguda. Nesses casos, em que o paciente apresenta a chamada síndrome retroviral aguda, caracterizada por manifestações inespecíficas como febre, cefaleia, astenia, faringite, linfonodomegalia, exantema e mialgia (síndrome mononucleose-like), a realização dos testes moleculares configura melhor estratégia para diagnóstico.
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