ANEXO: COMO SÃO FEITOS OS TESTES DE PATERNIDADE?
- wanderleyramos27
- 23 de nov. de 2022
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O exame de DNA identifica e compara várias regiões do DNA do filho, da mãe e do suposto pai.
Durante o teste, os padrões do filho são, primeiramente, comparados com os da mãe. Os que não correspondem, são, portanto, obrigatoriamente provenientes do lado paterno. Se o homem testado não possuir esses padrões em seu DNA, ele não é o pai biológico. Os exames têm 99,999% de certeza quando dão positivo, e 100% quando dão negativos. O teste de paternidade é feito por um sistema validade internacionalmente, que inclui a comparação de no mínimo 18 regiões polimórficas do DNA, analisadas por sequenciadores de material genético de última geração.
Curiosidade: Esses exames não diferem os gêmeos univitelinos. Portanto, em um caso onde o suposto pai tenha um irmão idêntico, não é possível apontar quais deles é de fato o pai biológico. A alternativa é o tipo sanguíneo, que pode ser o mesmo da mãe e o do irmão, o do pai.
Geralmente, a entrega do resultado sai em duas semanas. E no caso do filho quiser tirar a dúvida "escondido do pai", com o consentimento da mãe, a saliva deixada no resto de um chiclete que ele jogou fora, ou o final de um cigarro, ou mesmo o copo que ele bebeu água pode ser levado ao laboratório para o exame, já que o DNA está presente na saliva também. Fios de cabelo em escova ou pente, tem que ser de 7 a 10 fios pela raiz, e é mais difícil conseguir, diferente do que vemos nas novelas.
Normalmente, o laudo de um exame de DNA trará quais os genes e cromossomos foram estudados e a análise do geneticista sobre eles. Os resultados são apresentados em relatórios simples e claros. Metade do DNA do bebê vem da mãe e a outra metade do pai biológico, como mencionei acima. É preciso primeiramente tentar excluir a paternidade com as informações obtidas no laboratório, após a caracterização de várias regiões do DNA. Quando quatro ou mais discrepâncias são verificadas, a hipóteses de paternidade é excluída por ser impossível.
São raros os resultados falso-negativos, por negligência na operacionalização do exame, gerando interpretação duvidosa. Mesmo que haja a ocorrência de mutações genéticas, um perito experiente consegue perceber e usará mais marcadores genéticos até que o resultado _ positivo ou negativo _ seja inequívoco. Um bom laboratório de genética utiliza mais de 15 marcadores para garantir o nível de certeza de 99,999%.
No caso de um exame ainda na gravidez, a coleta de líquido amniótico ou do vilo coriônico é feita por um ginecologista, e esse material é analisado pelo laboratório. No exame não invasivo, coleta-se o sangue materno, como em uma coleta de sangue normal. Nesse caso, são analisados pequenos fragmentos de DNA do bebê que circulam na corrente sanguínea da mãe. Obviamente, esses exames custam 10 vezes mais o exame feito após o nascimento dele: Em média, R$ 500,00 Reais.
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