LENDA URBANA: CASO DIFÍCIL - PARTE 12 - 14 DE MAIO

Ao chegarem na delegacia, viram a amiga da Rosália que fez a cópia da chave para ela aguardando a vez, na recepção, ela não disfarçou que o reconheceu e vice-versa e Marcelo perguntou: __ De onde se conhecem?

__ Do Carnaval, em Porto Seguro: Tive a sorte de me hospedar no mesmo andar e quase em frente ao quarto dele, no hotel que o agente de viagens reservou, e não hesitamos em "nos entregar à atração", já que nunca mais nos veríamos e o meu marido "nunca descobriria a rapidinha", enquanto estava na loja de bebidas no quarteirão, esperando a vez para retirar os Abadás para entrarmos no bloco que nos cadastramos através de uma página no Facebook, que uma amiga virtual criou para os 5 dias!

Olhou para a ex amiga na outra ponta do sofá e continuou: __ Esse é o motivo de estarmos aqui: Ela contou para ele quando me confundiu com uma sósia que flagrou "pegando" o marido dela e não acreditou que não era eu! Os policiais nos trouxeram para "esfriarmos a cabeça" e eles pagarem as mesas e cadeiras que quebramos com a briga na lanchonete que o goleiro do time (de pelada) do meu trabalha.

Um motoboy saiu da sala do delegado com 2 policiais, foram à sala de identificação, para ele tirar 3 fotos com uma placa com o número do boletim de ocorrência, o delegado a chamou, ela levantou-se, foi até a escrivaninha, sentou-se, ele olhou para Marcelo e perguntou: __ Estava a procura dela?

__ A Rosália ligou para ela na Segunda-feira e na Quarta-feira a secretária de um detetive particular foi assassinada e levada para o banheiro social do 4º andar para parecer que o crime foi cometido lá!

Ele franziu a testa e perguntou: __ O que a Rosália tem a ver com esse crime?

__ Ela pegou a chave do vigia e a Regina tirou cópia, pra ela entregar ao assassino.

Ele olhou para ela novamente e perguntou: __ Por que ela se envolveu no crime?

__ Ela foi chantageada para não ser denunciada pelo duplo homicídio no passado e não pegar a pena máxima, enquanto ele ficaria apenas 1 ano por se calar e um inocente pegar 12 anos de prisão, por não ter intensão de cometer os crimes! Infelizmente ele não suportou essa injustiça e cometeu suicídio, se soltando do do policial e correndo para ser atropelado pelo ônibus que o meu marido dirigia, até a morte dos pais num acidente provocado por um "mauricinho" que fazia racha e a demissão por não voltar dos 6 meses de férias vencidas, para se tratar da depressão pelo luto! Semana passada fez 15 anos que ela matou o marido e a amante, em 11/11/2.002, e fingiu que foi a primeira pessoa a ver os corpos, e o taxista que a levou mostrou uma foto da irmã da vítima na penitenciária, se casando com um sósia dele, pra ela deduzir que o "acerto de contas" seria na hora do banho coletivo e ele usou o medo dela para "pedir o favor", já que ela era amante do vigia e a corna não perdoaria os 11 meses de traições e tiraria a vida dele! Como ela não queria ser assombrada pelo espectro dele "para o resto da vida", cedeu à chantagem e "pagou com a vida" para não denuncia-lo, por causa do cinto de castidade que ele colocou em um saco de lixo na caçamba perto do portão atrás do edifício comercial para o coletor levar para a "montanha de lixos" e ser impossível de ser achado, se o Marcelo não achasse antes do caminhão passar!

Olhou para ele e continuou: __ Ele vigiou por um binóculo, a 800 metros de distância, e deduziu que você descobriria em qual sex shop ela comprou, por causa da fatura do cartão de crédito que o juiz concederia o mandado de busca e apreensão de tudo que servisse como prova contra ele, e como ela anotou na agenda o nome dele na frente do produto, ele não teria argumento para alegar inocência, por não ter um álibi incontestável!

__ Ainda faltam 5 anos para o crime prescrever. Por que ele tirou a vida da Arlete?

__ A Rosália só me contou sobre o crime dela, porque virou uma carta de tarô que simboliza uma injustiça, a vela apagou e ela entendeu que o espectro do réu estava presente e queria que ela soubesse e confessou a caminho da igreja, pra pedir ao padre para interceder à Deus por ela, pelo perdão que não teve chance de pedir ao réu e às vítimas, por agir de "cabeça quente", pela decepção da "rival" ser a "amiga" que a ajudou a escolher o vestido de noiva e organizou a despedida de solteira, e ser a cunhada dele! Ver o corno chorando o tempo inteiro no velório e no enterro "cortou o coração dela", mas ela não podia revelar que ambos estavam transando, pra não ter que assumir a autoria do crime, e até hoje ele acredita que a causa da morte foi latrocínio, por causa da emoção dela dele presenteá-la com um carro quando a carteira provisória chegou pelo Correio, e o réu ter o azar de rouba-lo e dormir na estrada, por não fazer ideia de que ela estava morta antes dele passar e ver um embrulho no painel traseiro, pra ter a ideia de presentear o filho que estava aguardando o resultado do teste de DNA, há 41 dias, pela fila de materiais coletados antes dele, a pedido do juiz de causas familiares!

Olhou para Marcelo novamente e comentou: __ Ele disse por orientação do defensor público, que o marido da Rosália reagiu jogando uma pedra nele, acertou o vidro da janela da barbearia e a TV que o padrinho parcelou em 12 vezes caiu no piso ao ser atingida e queimou a tela, ele atirou de "cabeça quente" e a matou em seguida para ela não denuncia-lo, já que ele era entregador do supermercado que ela era cliente e estava entre os 5 que colocaram a compra na mesa e nas cadeiras da cozinha, na tarde anterior!

Olhou para o delegado novamente e perguntou: __ O defensor público pode ser condenado por induzi-lo ao perjúrio?

__ Sim. Está previsto no Artigo 341, acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem, pena de 3 meses a 2 anos, ou multa.