TRANSPLANTE DE CORAÇÃO - PESQUISA NO GOOGLE - PARTE 2
- wanderleyramos27
- 29 de jun. de 2021
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Uma espécie de moratória durou uma década no mundo e quinze anos no Brasil. A rejeição parecia intransponível e havia outros desafios na cardiologia - estávamos na era de ouro do cateterismo, técnica que remove entupimentos nas coronárias.
A novidade financeiramente mais vantajosa roubou o breve protagonismo do transplante cardíaco, que só renasceu no mundo em 1980. A responsável foi a ciclosporina, droga contra a rejeição que acabara de ser lançada. A tríade formada pela nova droga, a antiga azatioprina e os corticoides deu fôlego à área, diz o cardiologista Fernando Bacal, que coordena os transplantes cardíacos do Incor e do Hospital Israelita Albert Einstein.
Outros avanços foram a biópsia miocárdica, que permitia avaliar o coração sem necessidade de cirurgia, e a melhora dos métodos de conservação do coração doado, que possibilitou a busca de outras cidade e estados.
No Brasil, o primeiro transplante dessa nova fase foi feito em 1984, no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, inaugurado em 1977 graças à verba obtida logo após o transplante de João Boiadeiro, retornou seu programa em 1985.
17/06/1968: Depois de três semanas de evolução favorável, no dia 16/06 (Junho), o coração de João parou por um minuto e meio. Era um dos sinais de que o órgão estava sendo rejeitado pelo organismo. Os médicos passaram ao estado de alerta para tentar contornar o momento difícil. Sabia-se que o primeiro mês de um transplante era particularmente crítico com relação à rejeição.
22 de Junho: Morre João Ferreira da Cunha, 23 anos, em decorrência da rejeição do órgão. O interesse médico em sua curta vida era tamanho que, dois dias depois, cerca de trinta médicos participaram de sua autópsia e determinaram a causa da morte. Ele foi enterrado no Cemitério do Araçá, em São Paulo.
Reportagem completa no site da Folha de S. Paulo
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